quinta-feira, 17 de março de 2011

A IMPORTÂNCIA DOS LIMITES NA EDUCAÇÃO INFANTIL

De Lilian Fernandes Negreiros e Nárgela Martins Miranda [1]




A ideia de escrevermos esse artigo surgiu em decorrência de nossa prática pedagógica enquanto estagiárias na Educação Infantil em um bairro extremamente carente da cidade de Arujá. Essa experiência levou-nos a perceber o quão desagradável e difícil é trabalhar com crianças e adultos (tema do qual  falaremos em outra oportunidade) sem limites e regras.

Para escrevermos com clareza, respaldo e embasamento teórico, buscamos as teorias e ideias do psicólogo Yves de La Taille, com  o qual nos identificamos muito, desde a primeira vez que tivemos contato com uma de suas obras. Na verdade, os escritos e os vídeos de La Taille exerceram – e exercem – sobre nós um grande fascínio e, acreditamos, apontam caminhos para a resolução de muitos dos problemas educacionais..
Ao iniciar o estágio na Educação Infantil, percebemos a tremenda falta de limites, normas, regras, boas maneiras e, até mesmo, princípios. Isso nos levou a refletir muito e pesquisar sobre o tema em questão.
Ao lermos  os relatos de Yves de La Taille, pudemos entender que ele atribui a falta de limites hoje encontrada nas escolas e no comportamento das crianças à ausência  de princípios que permeia a convivência social e não só à inexistência de regras. Tais regras, segundo esse psicólogo francês radicado no Brasil, por si sós, não educam ninguém; é preciso que princípios sejam incutidos na criança desde pequenas. Essa tarefa cabe à família, é claro. Contudo, na nossa realidade, esse mister acaba dificultado, uma vez que as crianças, quase sempre, têm pouco contato com os pais; passam a maior parte do tempo na Escola.  Então, cabe  à instituição escolar suprir essa carência. Mas, para que esse propósito seja concretizado, a Escola precisa da retaguarda famíliar; é necessário que seja implementado um trabalho conjunto entre família e escola.
Segundo La Taille, vivemos, na sociedade contemporânea, um período de anomia, ou seja, falta de regras e limites. Dessa forma, em uma sociedade “sem valores”, as crianças ficam sem esteios em que se apoiarem. E essa situação só pode trazer reflexos negativos no comportamento do educando em sala de aula.
Mas, para usarmos uma expressão batida, parece que há uma luz no fim do túnel. La Taille afirma que vivemos em um período de transição, no qual valores antigos deixaram de existir e faltam novos valores para  suprir as necessidades inerentes à formação do ser - seja intelectual, seja moral - para obtermos um bom convívio em sociedade. Assim, acreditamos que escola e família, de mãos dadas, poderão semear os novos valores de que fala o pensador franco-brasileiro.
O que nos chamou a atenção em uma das entrevistas dadas por La Taille ao Diário do Grande ABC foi a analogia ele faz entre a falta de limites e a globalização. Tal comparação leva-nos a refletir que, assim  como o processo de globalização fragiliza os limites geográficos, políticos e econômicos nacionais, também devem trazer reflexos nos limites educacionais e na formação do ser humano. Yves  de La Taille afirma, de modo pertinente, que a sociedade contemporânea necessita redefinir vários conceitos, inclusive o conceito de felicidade. Diz que, atualmente, existe um grande vazio ideológico nas pessoas; estas confundem felicidade com consumo e glória.  Na sociedade do “ter”, o “ser” perde espaço para a aquisição exacerbada de bens de consumo. Dessa forma, os pais,  em função do trabalho,   passam pouquíssimo tempo com os filhos. Numa enorme quantidade de casos, as mães também trabalham fora e, consequentemente, não têm condições de dar a devida e necessária atenção às crianças, inviabilizando a transmissão de valores éticos e morais, indispensáveis para o bom convívio social
A fase ideal para a apresentação de princípios morais, éticos e outros, vai dos cinco aos nove anos de idade; este é o período crucial para o desenvolvimento moral da criança. Durante essa etapa, o papel dos professores, juntamente com os pais, é o de referência na construção do mundo dos valores, pois as crianças estão atentas ao comportamento e atitudes dos adultos.
Para Yves de La Taille, valores éticos e morais são sinônimos. Estes  precisam ficar bem claros para a criança; não podem ser confusos ou não existirem. Ao escrevermos esse artigo, não queremos ressuscitar as aulas de Educação Moral e Cívica nas escolas e, sim, alertar sobre o quão importante é mostrar aos alunos que,  para convivermos num ambiente saudável, são necessárias regras, normas  e limites.
Em nossas observações diárias, percebemos que a escola, como instituição que congrega educadores, educando e familiares, pode liderar um movimento no sentido de reverter esse quadro de falta de respeito que permeia a nossa vida social. Cabe à escola e aos responsáveis pelos educandos “virar o jogo”. E essa “virada”, parece-nos, só será possível por meio do diálogo, que será, indubitavelmente, uma semente bem  plantada a gerar uma maravilhosa árvore, que, no tempo certo, dará frutos bons; para tanto, é preciso que seja regada convenientemente.  
Nós, enquanto educadoras, não temos que impor e  muito menos exigir que nossos alunos sigam rigorosamente nossos ensinamentos, mas sim nos cabe a função de alertar e mostrar o caminho.
O que acontece atualmente em muitas famílias é a famosa “política  de troca”, quando induzem a criança a obedecer e ter  um bom comportamento; e, como recompensa, dão-lhe o tão desejado presente. Esse “prêmio” pode ser entendido, às vezes, como um comportamento dos pais para amainar um “sentimento de culpa”  por trabalharem muito e ficarem pouco tempo com seus filhos. Mas essa não é a forma correta de transmissão de valores. Segundo Yves de La Taille, os valores têm que ser passados com firmeza e, para ele, ética, moral e cidadania se aprendem na interação cotidiana.
Na Educação Infantil - que é nossa área de atuação -, é fundamental que sejam mostrados esses valores cotidianamente. É explicar  o porquê de nossas ações. Por exemplo, na hora de ajuntar os brinquedos, explicar que estamos fazendo isso porque pode algum amiguinho cair devido aos objetos espalhados no chão, etc.. Não devemos jamais  nos esquecer da ludicidade e  respeitar o desenvolvimento da criança; saber o que é possível e como  tornar possível a transmissão desses valores para esses pequeninos,  que formarão a  sociedade do amanhã.

REFERÊNCIAS

LA TAILLE, Ives de. Entrevista concedida ao Diário do Grande ABC. Santo André-SP. 13. dez. 2002.
_____.  Limites, valores e ética. Disponível em www.noite.wordpress.com Acesso em: 12. abr. 2009.
_____. Criança, adolescente: comportamento. Disponível em www.revistaescola.abril.com.br. Acesso em: 29. set. 2010.
www.youtube.com/watch?. Acesso em: 10. out. 2010.



[1] Lilian Fernandes Negreiros e Nárgela Martins Miranda são alunas do curso de Pedagogia da Faculdade de Arujá – FAR.

GESTÃO DEMOCRÁTICA NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA

De Irenildes Nunes de Melo e Marilza Capiche Mattar [1]



A década de 30 foi marcada por uma grande efervescência de idéias que geraram conflitos nos campos político, social e educacional. Tais conflitos buscavam romper com a velha ordem social e oligárquica, culminando, assim, com a revolução de 30, que promoveu a deposição de Washingtom Luis e a ascensão de Getúlio Vargas.   
Nesse contexto, a União toma as rédeas das Políticas Educacionais, iniciando um amplo processo de mudanças. Surge, então, o Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova, buscando o sonho da democratização da Educação e da gestão escolar, a partir da participação coletiva na construção de uma escola moderna, com autonomia administrativa tanto nos aspectos técnicos, como nos econômicos.     
            Em 1934, é promulgada uma constituição inspirada nos ideais liberais, trazendo inovações importantes e acrescentando em seu corpo itens como a família, a educação, a cultura e a segurança nacional.      
            Em 10 de novembro de 1937, motivada pelo golpe de Estado, dá-se a elaboração de uma nova Constituição. Esta tem um caráter autoritário, é embasada nos ideais fascistas, onde não havia lugar para a democracia. O processo de Educação democrática sofre solução de continuidade, representando isso um enorme retrocesso.
            A Constituição de 1937 preocupava-se com a construção de um mundo capitalista, com a preparação de mão-de-obra especializada para suprir o mercado da emergente sociedade. O Ensino ficou delegado a iniciativas individuais - associações públicas e particulares ou pessoas - deixando o Estado menos compromissado com as questões educacionais.
             Otaíza Romanelli  (2010) nos diz que, durante o Estado Novo – de 1937 a 1945 -,  “a educação deixa de ser preocupação do Estado, as conquistas anteriores e todas as novas idéias mergulham num ostracismo”.     
            No início da década de 40, durante o governo Vargas, sofríamos as consequências da Segunda Guerra Mundial. No entanto, mesmo num clima duvidoso e parcial, é criada a UNE (União Nacional dos Estudantes) e o INEP (Instituto nacional de Estudos Pedagógicos).- 1942.   
            Algumas reformas educacionais foram levadas a cabo, por decretos, durante a gestão do Ministro Gustavo Capanema, como as Leis Orgânicas do Ensino. Foi nesse período que surgiu o SENAI (Serviço Nacional da Indústria).     
            Assim o ensino primário passa a ter cinco anos, o curso ginasial quatro e o colegial, o científico e o clássico três anos, perdendo estes o seu caráter propedêutico , ou seja, preparar o aluno para o curso superior, preocupando-se mais com a formação geral. Como complemento, surge o ensino comercial, embora o SENAC só tenha sido criado em 1946. 
No período da Nova República (1946-1963)       
            A Constituição de 1946 reparou alguns senões do período anterior, como a obrigação de a União legislar as Diretrizes e Bases da Educação Nacional, cumprimento do Ensino Primário. Resgata-se o preceito de que “educação é um direito de todos”, sonho contido no Manifesto dos Pioneiros da Nova Educação (década de 30).  O educador Lourenço Filho, então presidente da Comissão que redigia os novos rumos da Educação, não mede esforços no sentido de contemplar os mais lídimos anseios democráticos. São regulamentados o Ensino Primário e o Ensino Normal; criou-se o SENAC (1946). Instaurou-se também uma comissão cujo objetivo era trabalhar num anteprojeto de reforma geral da educação nacional.      
            Em 1948, o documento que regia as mudanças foi enviado à Câmara Federal e fica tramitando num ir e vir sem decisões por treze anos, até que em dezembro de 1961, a Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional, sob número 4024, foi promulgada, sem muitos sonhos, muito enxuta e privilegiando a Igreja Católica, dona de escolas particulares (apesar da ideologia de que o Estado deveria responsabilizar-se  pela educação dos brasileiros).     
            Romanelli (2010)) comenta que, apesar de tanta demora na aprovação da nova LDB, provavelmente este tenha sido o período mais fértil da história da Educação no Brasil: começam as trocas de informações educacionais e Piaget tem sua didática usada pelo educador Lauro de Oliveira Lima no Ceará.
            Em 1953, a educação começa a ser administrada por um ministério. Já em 1961, a cidade de Natal inicia uma campanha de alfabetização “De pé no chão também se aprende a ler” com a didática de Paulo Freire em Angicos, propondo alfabetizar, em 40 horas, adultos analfabetos. Nove anos depois (1962) cria-se o Conselho Federal de Educação, substituído pelo Conselho Nacional de Educação (CNE). Surge também o Plano Nacional de Educação (PNE-1962) e o Programa Nacional de Alfabetização.
No período do Regime Militar (1964 – 1985)  
É possível que seu navegador não suporte a exibição desta imagem.            Se no período anterior, muitas conquistas aconteceram com a participação de educadores que sonhavam e faziam acontecer, neste período houve uma estagnação e o tão sonhado “acabar com o analfabetismo” virou um pesadelo, pois muitos educadores passaram a ser caçados, exilados e desaparecidos.   Universidades foram invadidas e a UNE foi fechada, passando a existir na clandestinidade. O regime militar exercia o governo de imposição, antidemocrático, embora tenha sido, neste período, que mais Universidades surgiram, como também a criação do vestibular classificatório.
            Para erradicar analfabetismo foi criado o MOBRAL - Movimento Brasileiro de Alfabetização –  extinto por denúncias  de corrupção.     
            No período mais cruel da ditadura militar, foi instituída a lei 5692/71, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), tendo como marca registrada a educação profissionalizante, com interesse no aumento da produção, fato que  transforma operários em máquinas de repetição.     
            A pressão popular e de vários setores era tanta que a ditadura militar se desfez por si só, mas não herdamos um país livre e democrático, pois, os militares deixaram o governo através de a eleição indireta. Tancredo Neves é eleito, mas  morre no início da era da abertura política (1986 a 2003), assumindo os destinos da Nação o vice-presidente José Sarney.
            O país não tinha mais as práticas das discussões educacionais no sentido pedagógico e sim um caráter político, com a participação ativa de pensadores de várias áreas do conhecimento, almejando uma educação bem mais ampla, visando ao mundo globalizado.     
            O Projeto de lei da nova LDBEN (9394) foi encaminhado à Câmara em 1988 e substituído por outro em 1992. Somente em 1996 acaba sendo aprovado, após mais uma reforma feita pelo senador Darcy Ribeiro, cujo projeto foi aprovado. Embora haja divergências, sabemos que este último período foi o mais pródigo em termos de execução de projetos na área da educação, como o FUNDEF; SAEB; ENEM; PCN`s, ENC; PAIUB e outros.     
            Desta viagem que fizemos pela história da Educação Brasileira, deparamo-nos com atrocidades, ausência de democracia, mas também com educadores de enorme gabarito. O que ficou, em última análise, é a certeza de que ainda temos muito a pleitear e muito mais a fazer, participar, discutir e procurar o que é ou que há de melhor para a educação de nosso país, pois como disse o poeta “É tão bonito quando a gente pisa firme nessas linhas que estão nas palmas de nossas mãos”. 

REFERÊNCIAS
BRASIL. Constituições brasileiras de 1930 a 1973. Disponível em http://www.mundovestibular.com.br/articles/2771/1/CONSTITUICOES-BRASILEIRAS-DE-1824-A-1988/Paacutegina1.html .  Acesso em: 15 out. 2010.
EDUCAÇÃO E SOCIEDADE. Campinas, v. 22, n. 75, ago.2001.
LOMBARDI, J. C. A importância da abordagem histórica  da gestão institucional. Revista HISTDBR, Campinas, n. especial, ago. 2006, p. 11-19.
MENDONÇA, Erastos Fortes. Estado patrimonial e gestão democrática do ensino público no Brasildisponível em http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101- 73302001000200007&script=sci_arttext&tlng=es. Acesso em: 23 set. 2010.
ROMANELLI, Otaíza. História da educação brasileira de 1930 a 1973. Disponível em http://www.scribd.com/doc/7418751/Constituicoes-Do-Brasil.  Acesso em:  1º  out. 2010.  





[1] Irenildes Nunes de Melo e Marilza Capiche Mattar são pedagogas, egressas do Curso de Pedagogia da Faculdade de Arujá – FAR.

quinta-feira, 3 de março de 2011

À guisa de convite

    


Olá, amigos(as) professores(as), alunos(as) e  funcionários(as).

Alvin Toffler (apud Toledo, 1999), mapeando a trajetória percorrida pela Humanidade, desde os primórdios até a atualidade, elenca três grandes eras, as quais chama de ondas.
Para esse pensador americano, - e aqui fazemos uma descrição bem sucinta -, essas ondas compreendem a seguinte distribuição diacrônica:
. Primeira Onda – predomínio da agricultura. Com o advento desta, o homem se fixa, criando raízes. A terra é o elemento fulcral para a existência humana. 
. Segunda Onda – corresponde ao domínio da indústria  Passa-se da manucultura à maquinocultura. Surgem  os grandes conglomerados industriais. Não mais a terra e sim a máquina passa a ser o elemento-base para a subsistência.
. Terceira Onda – dominância da informação. É a era da cibernética, dos mass media, dos computadores, da internet. A grande meta a ser perseguida é o conhecimento.
Apesar de ainda pisarmos forte os terrenos da segunda onda – alguns ainda pisam as searas da primeira – sopram para o homem hodierno – e cada vez com mais intensidade – os ventos da terceira onda, tempo em que o que marca a diferença entre os homens é, basicamente, o conhecimento. Conhecer hoje é tão necessário como respirar. É conhecendo que atingimos os píncaros de nossos anseios.
E o conhecimento, parece-nos, depende de dois fatores principais: a informação e a energia. Aliás,  segundo Maria Lúcia Santaella (1983) informação e energia são os dois móbiles que propiciam a consecução de toda e qualquer obra.
A informação e a energia são as molas que impulsionam a realização de qualquer projeto humano. De posse dessas duas forças, o indivíduo habilita-se a enfrentar e superar todos os transtornos que se lhe apresentem. São elas que propiciam condições para que o homem alcance plenamente os seus objetivos.
            A informação proporciona ao indivíduo uma visada integral do caminho que ele pretende percorrer. Capacita-o a prever as possíveis dificuldades; prepara-o para aplainar os obstáculos. Torna mais fácil, consequentemente, a obtenção daquilo que o ser humano almeja. Por isso, o homem, antes de iniciar qualquer empreitada, deve estar bem informado sobre os passos que pretende dar.
            A energia é também de vital importância na consecução de uma obra. Sem ela, nenhum projeto pode ser levado de modo satisfatório. De nada vale o indivíduo estar bem informado, se ele não dispuser de energia. É esta que vai colocá-lo em ação, que o fará perseguir tenazmente o seu objetivo. Somente o ser enérgico poderá semear nos campos da prática os dados adquiridos por meio da informação.
                Mas, ao mesmo tempo em que a informação faz-se inócua sem a energia, esta sem aquela pouco valor tem. Na verdade, uma e outra se completam e, assim, tornam-se forças das quais o homem não pode prescindir. E da aliança das duas nasce a viabilidade de um projeto, seja ele de que ordem for.
Assim sendo, só o indivíduo muito bem informado e pleno de energia poderá atingir os objetivos a que se propõe. Sem informação e energia torna-se difícil – e até mesmo impossível – alcançar o que se pretende. São essas duas forças, por conseguinte, as molas que impulsionam o homem no rumo da realização de seus projetos.
Ainda que tenhamos muita energia, como administrar todo o caudal de informações que todo dia é despejado sobre nós, se – e aqui peço licença para adaptar os versos de Carlos Drummond de Andrade – são tantas e nós tão poucos?
            Certa vez, sonhei que um homem perambulava por uma região em busca de um determinado sítio. Subia serras, vencia várzeas e planícies. E a cada serra que ele galgava, deparava-se com novas várzeas e novas planícies. E assim ad infinitum. E o sítio desejado ainda se fazia por aparecer quando acordei.
            Essa é, parece-me, a aventura do conhecimento nos dias de hoje. Qual o viajante do meu sonho, cada um de nós deve subir serras, vencer várzeas e planícies. Para tanto, deve, com energia,  filtrar as informações para ficar com aquelas que ensejem chegar ao sítio de seus sonhos.
            O que tem a ver toda esta arenga com um convite? Calma, leitor (a), eu explico.
            Escrevi ainda há pouco sobre importância da informação e da energia para o alcançar de qualquer meta. Energia todos nós – uns mais, outros menos – temos. E a informação? Bem, a informação ... Todos nós vivemos; estudamos, trabalhamos, enfim, adquirimos experiências, conhecimentos.
Então este blog é um espaço para compartilharmos tais informações e conhecimentos. Todos – professores(as), alunos(as) – podem e devem publicar aqui seus textos.
            Só uma condiçãozinha de nada: os textos devem ser revisados por nós
Sejam bem-vindos(as)!
Prof. Sirley José Mendes da Silva